O Programa VIAS SEGURAS – VIDAS PRESERVADAS, é uma diretriz elaborada pela ABUR Brasil – Associação Brasileira dos Usuários de Ruas, Estradas e Rodovias, que busca reduzir acidentes e mortes nas ruas, estradas e rodovias do Brasil. A entidade acredita que é preciso seguir exemplos de bons programas mundiais de redução de acidentes e mortes no trânsito.
Os acidentes de trânsito são a oitava principal causa de morte no mundo. Entre as crianças e jovens de 05 a 29 anos, os acidentes de trânsito são a principal causa de mortes. Os dados são da OMS (Organização Mundial de Saúde), que afirma que a cada ano, 1,35 milhão de vidas são perdidas no trânsito e 50 milhões ficam gravemente feridas. Em muitos países estima-se que os acidentes de trânsito consumam entre 2% e 5% do PIB. No Brasil estes números são altos também, em 2020, foram 35 mil mortes no trânsito.
O Programa VIAS SEGURAS – VIDAS PRESERVADAS da ABUR trabalha a identificação de todas as possibilidades que podem vir a oferecer riscos de acidentes no trânsito. São necessários educar e preparar mais os motoristas, pedestres e condutores dos mais diversos meios de transportes usados pela população. Mas também é preciso mudar a educação para a que a segurança no trânsito seja realmente um processo cultural da população brasileira. Outro tema a ser abordado são as responsabilidades no acidente de trânsito, assim também como a situação das vias de transportes do País, que as vezes são verdadeiras armas contra quem transita por elas.
O Programa da ABUR fez uma ampla avaliação do que acontece em termos de segurança no trânsito e nas ações que vem sendo desenvolvidas no mundo para reduzir acidentes e mortes no trânsito. Por isso é importante analisar alguns casos mundiais, entre eles o Visão Zero da Suécia, o IRAP da Inglaterra e o Estradas que Perdoam, proposto pelo Observatório de Segurança Viária, do Brasil, que você pode conhecer nesse link.
NOSSO OBJETIVO
Reduzir acidentes e mortes nas rodovias brasileiras
ONDE VAMOS ATUAR
Em todo o Território Nacional
METAS
– Reduzir em 50 % as mortes no trânsito até o ano de 2028, conforme se dispõe a Lei Federal nº 13.614/2018, que criou o PNATRANS (Programa Nacional de Redução de Mortes e Acidentes de Trânsito).
PRINCIPAIS AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS
A ABUR Brasil – Associação Brasileira dos Usuários de Ruas, Estradas e Rodovias vem estudando soluções para reduzir as mortes no trânsito, que vão desde intervenções diretas nas ruas, estradas e rodovias, bem como ações de alteração de legislação, fiscalização, novas tecnologias na área de sinalização e fiscalização de trânsito, melhorar a segurança dos veículos, usar aplicativos e tecnologias nas rodovias que orientem os motoristas, ações de educação para os cidadãos sobre trânsito seguro e preservação da vida, entre outros. Para tanto, elencamos de forma reduzida algumas ações que podem ser aproveitadas pelos gestores de rodovias, sejam da área pública ou as próprias concessionárias. E claro, que as instituições sociais que atuam no setor também podem aproveitar estas sugestões. Nós da ABUR Brasil já estamos desenvolvendo muitas destas ações dentro do nosso alcance e das nossas possibilidades.
Segue as sugestões identificadas pela ABUR, aproveitando inclusive muitas das propostas que já foram levantadas por estudos técnicos ou por entidades públicas e privadas:
1 – Reduzir a velocidade de vias e ampliar espaços para pedestres e ciclistas, especialmente das regiões urbanas. A segurança viária precisa ser pensada para a redução das velocidades, vias com boa sinalização e contemplar altos padrões de segurança veicular. O desenho de cruzamentos merece uma atenção especial e deve possibilitar que as pessoas atravessem com segurança. Ainda é preciso planejar o uso do solo de modo a reduzir a dependência de veículos e promover formas de deslocamento mais seguras, saudáveis e que respeitem o meio ambiente.
2 – Ações permanentes de educação para o trânsito nas instituições de ensino;
3 – Promover e fortalecer entidades, associações e lideranças para atuarem em ações que reduzam acidentes e mortes no trânsito, além de levar a educação para o trânsito para maiores setores da população;
4 – Estudar e manter disponível para todos, as causas e motivos, que provocam os acidentes de trânsito, não deixando a responsabilidade apenas para a falha humana;
5 – Limites de velocidade diferentes para trafegar com chuva e tempo seco;
6 – Aprimoramento da sinalização de trânsito, com uso de tecnologias e soluções diferenciados para conscientizar o motorista de situações de riscos;
7 – Realização de obras de duplicação de rodovias, construção de terceiras faixas, correções de traçado, ampliação de capacidade das vias e adoção de novas tecnologias de segurança;
8 – Construção e adequação de rótulas, viadutos, pontes, passagens de nível e outras obras que deixem as vias mais seguras;
9 – Sinalização vertical e horizontal adequada, acostamentos e pontos de paradas conservados;
10 – Manutenção em dia, das rodovias, eliminação de curvas e pontos de acidentes;
11 – Regularização de acessos rodoviários, às empresas e empreendimentos;
12 – Construção de faixa lateral, faixa de segurança, instalação de redutores de velocidades, construção de passarelas, paradas de ônibus, adequadas a legislação para evitar acidentes;
13 – Construção dos chamados anéis rodoviários para retirar o trânsito pesado das rodovias de dentro das cidades;
14 – Desenvolver ações de educação e conscientização dos perigos do trânsito, voltadas aos usuários e comunidades lindeiras as rodovias, especialmente de regiões onde é comum acidentes;
15 – Contratos de concessões devem ter metas anuais de redução de acidentes de trânsito;
16 – Nas áreas urbanas é importante que todas estas mudanças também contemplem a acessibilidade, tanto na sinalização como nas calçadas, piso tátil, rampas, etc…
17 – Campanhas de conscientização do uso da faixa de segurança e de respeito a sinalização de trânsito;
18 – Os novos carros devem vir com equipamentos de navegação, multimídia, com aplicativos que de acesso ao usuário a informações em tempo real sobre condições das vias, acidentes, buracos e pontos críticos para acidentes, curvas perigosas, passagem de pedestre, obras na pista, etc…
19 – As rodovias devem ser iluminadas e também receber a instalação de sistemas de monitoramento por câmera para identificar problemas na pista, motoristas que não obedecem a sinalização, acidentes, pedestres e animais na pista ou qualquer movimento atípico que ofereça risco a vida dos usuários da via;
20 – Fiscalização e punição para o excesso de peso no transporte de cargas. O excesso de peso nos caminhões aumenta o risco de acidentes e mortes nas estradas. Com excesso de peso os veículos ficam instáveis, aumentando o risco de tombamento, principal causa de acidentes com caminhões. Outro problema é que o peso em excesso aumenta o tempo de frenagem e provoca sobrecarga nos freios, podendo causar o seu colapso, colocando em risco o motorista do caminhão e todos os usuários das rodovias. Outro problema do excesso de peso é o desgaste prematuro do piso da rodovia, sobretudo em pontes e viadutos. De acordo com estudo técnico da Agência Nacional do Transporte de Carga (NTC), o excesso de carga de 10% aumenta em 46% o desgaste do pavimento e reduz em mais de 30% a sua vida útil. Além de prejuízos materiais e financeiros à estrutura viária, causa buracos que também comprometem a segurança de todos os veículos que trafegam nas rodovias.
21 – O uso de tecnologias e inteligência na fiscalização de trânsito precisa ser cada vez mais aprimorado e usado. O tempo das blitze e radar móvel já não é mais o mais eficiente para a fiscalização nos tempos de hoje. A regulamentação do uso de drones, imagens de câmeras instaladas nas margens de rodovias, controle de velocidade médio de velocidade entre um ponto e outro, comunicação com aplicativos, entre outros. É claro que a punição e a multa têm eficiência e faz com que o cidadão respeite as regras das rodovias. Mas acreditamos que o uso de tecnologias eficientes que mesclassem a orientação, educação, supervisão e a punição, pode facilitar e ser mais eficiente na aceitação destas medidas por parte da sociedade.
O monitoramento por imagens é um dos importantes instrumentos dos sistemas inteligentes de controle de tráfego. Além dos sensores de velocidade fixos, a PRF conta hoje com centenas de radares móveis disponíveis para flagrar excessos na pista – boa parte já com a tecnologia a laser, que duplica o alcance do equipamento. As câmeras são outra fonte importante para o direcionamento das ações dos agentes. Mais do que simplesmente fotografar veículos cometendo infrações, elas são fundamentais para monitorar o fluxo de veículos, apontar congestionamentos, identificar veículos irregulares e comportamentos suspeitos. A PRF tem um sistema chamado Alerta Brasil, que é inteligente, lê a placa do veículo e cruza essa informação com diferentes bancos de dados, permitindo saber se ele consta na lista de carros roubados e se há problemas em sua documentação. O sistema avalia até mesmo inconsistências como a impossibilidade de um mesmo veículo trafegar em duas rodovias muito distantes em um curto espaço de tempo, identificando os veículos clonados).
22 – Mapeamento e classificação das rodovias por riscos de acidentes e planejamento e monitoramento das intervenções para a eliminação destes riscos;
23 – Obras e intervenções que podem e devem ser feitas pelos gestores das estradas e rodovias, para eliminar os riscos de acidentes:
– Realinhamento horizontal e vertical;
– Duplicação de canteiro;
– Duplicação com separação por barreira;
– Via marginal;
– Faixa adicional com barreira;
– Faixa adicional de ultrapassagem;
– Separação de nível;
– Implantação de passarela;
– Duplicação da via;
– Construção de marginais, viadutos e passarelas;
– Regularização de acessos rodoviários;
– Implantação de sentido único e segregação física de sentido;
– Faixa larga, faixa exclusiva e não exclusiva para motos;
– Acostamento pavimentado;
– Defensa metálica;
– Retirada de perigos laterais;
– Melhoria de inclinação de talude, rotatória, superfícies viárias, interseção semaforizadas e tratamento de cruzamento ferroviário;
– Tratamentos de retorno em canteiro central;
– Nas áreas urbanizadas a implantação de ciclovia ou ciclofaixa
– Iluminação pública;
– Faixa central exclusiva, Faixa central com vibradores, LFO larga, Giro protegido semaforizado ou não;
– Travessia não semaforizada, caminho para pedestres sem segregação;
– Melhorias de canalização e delineação de interseções, melhoria de delineação geral;
– Relocação e/ou eliminação de elementos (travessias de pedestres, pontos de ônibus, etc);
– Ajuste/correção/alteração de geometria de interseções em nível;
– Fechamento de acessos (não confundir com regularização e/ou combinação);
– Relocação de retornos para aumento de área de entrelaçamento;
Obviamente, citamos acima alguns exemplos de intervenções, tendo em vista que cada situação na via necessita de estudos para que se defina o tipo de intervenção a se realizar. Os estudos e a atuação de profissionais técnicos, definirão a intervenção ideal para a redução de acidentes.
ARTICULAÇÃO EM REDE E PARCERIAS
A integração e articulação de informações e sistemas entre os órgãos de trânsito, as Policias Rodoviárias, Concessionárias de Rodovias e os órgãos de Gestão de Rodovias, somados a instrumentos de cooperação do usuário das vias, significa avanço no monitoramento, fiscalização, informações, socorro e principalmente na consciência e responsabilidade do motorista. Esta grande articulação em rede que já acontece entre as policias e concessionárias de rodovias, precisa avançar cada vez mais, principalmente em direção a relação com o cidadão. O cidadão pode ser um fiscal do trânsito.
ESTAMOS AVANÇANDO NA SEGURANÇA DAS RODOVIAS
Nem tudo é terra arrasada no que se refere a segurança das rodovias. Cabe reconhecer que os órgãos de trânsito, assim como os órgãos responsáveis pelas rodovias tem trabalhado no sentido de evitar acidentes e mortes no trânsito. Também as Concessionárias de Rodovias têm atuado neste sentido, inclusive por solicitação contratual imposta pela ANTT.
Mesmo que os acidentes de trânsito sejam tratados como endêmicos em nosso País, podemos afirmar que os acidentes estabilizaram e até reduziram por investimentos em recuperação, modernização e uso de tecnologias nas rodovias.
Muitas autoridades de trânsito têm incorporado no seu planejamento de ações o conceito internacional de “Estradas que Perdoam”. Este conceito trabalha em identificar as falhas e descuidos humanos ao longo da via, para que possam ser tomadas medidas que evitem novos acidentes ou até reduzam a gravidade dos mesmos. Por exemplo, se em um determinado trecho da via os acidentes ocorrem porque os motoristas costumam dormir no volante, são instalados sonorizadores de piso para acordar o motorista. A instalação de barreirias e gaurd rails que absorvem o impacto e evitam que o veículo saia da pista, entre outros.
Segundo as estatísticas 94% dos acidentes são ocasionados por falha humana, então a proposta é fazer com que a estrada perdoe estas falhas, de maneira a evitar que um descuido do motorista possa se tornar fatal para ele. Fazer com que a via esteja o mais preparado possível, para que estas falhas não ceifem a vida, é sem dúvida um grande avanço em reduzir mortes e acidentes de trânsito.
A RODOVIA DO FUTURO
A perspectiva de futuro é até 2030, termos no mundo mais de 2 bilhões de veículos em circulação. O desafio pela frente é viajarmos com mais conforto e com menos estresse dos grandes congestionamentos e problemas de trânsito que enfrentamos hoje. Mas como podemos chegar a isso, quando temos governos que não priorizam o investimento em infraestrutura e que tem baixos investimentos na redução dos acidentes e mortes no trânsito.
Claro, que se avançarmos em algumas questões podemos sim melhorar o nosso ir e vir e também o ambiente, e assim termos uma rodovia do futuro. Por exemplo:
– A queima de combustíveis fosseis precisa ser reduzida ou totalmente substituída pela energia limpa, a exemplo da energia elétrica e especialmente da solar;
– A tecnologia dos veículos autônomos precisa avançar e se popularizar, para que a partir de veículos seguros, tenhamos maior redução de acidentes. A proposta de um veículo sem motorista utilizando o GPS e diferentes tipos de sensores, câmeras, radares e detectores ultrassônicos e de luz, utilizando tudo isso para tomar a decisão no trânsito. A ideia é que estes veículos sejam mais seguros que os de condução humana;
– Avançar com equipamentos e tecnologias de segurança e de redução de possibilidades de acidentes nos veículos;
– Um programa de incentivo a retirada de circulação de veículos sem air bag e sem freios abs;
– A sinalização, fiscalização e orientação de tráfego também podem ser aperfeiçoados a partir do uso da inteligência artificial, compartilhamento de informações e uso de tecnologia de ponta na sinalização e monitoramento dos riscos de acidentes;
– Sustentabilidade tem que ser um ponto importante das rodovias do futuro. Por exemplo, a produção de energia solar ou eólica em equipamentos que podem ser instalados em lugares seguros ao longo da via. Também já em estudos a tecnologia piezoelétrica, que converte pressão mecânica em eletricidade. A proposta é transformar o peso do veículo trafegando sobre uma pista em energia elétrica;
– Planos diretores de uso das margens das rodovias, evitando que as laterais das rodovias se tornem terra de ninguém como são hoje, onde as são instaladas empresas, moradias, entre outros, sem nenhum tipo de orientação técnica e de segurança. Isso ocasionou, milhares de acessos irregulares ao longo das vias, que passaram a ser pontos de riscos de acidentes. Se olharmos o mapa dos acidentes no Brasil vamos identificar que os acidentes em sua maioria, normalmente ocorrem praticamente nos mesmos locais. Eles ocorrem por falha humana somadas a um ponto de risco na via. E os acessos e cruzamentos das rodovias, são os principais pontos de acidentes;
– A disponibilidade de internet ao longo da rodovia também se tornou essencial, para que mecanismos e aplicativos de segurança no trânsito possam ser utilizados;
– Os veículos deverão vir com sensores, câmeras, detectores de acidentes ou veículo parado na pista, animais na pista, redução de velocidade automática na chuva, sensores de sono e de saída de pista, pilotos automáticos inteligentes e alertas de excesso de velocidade;
– Uma sinalização de trânsito moderna, com painéis digitais dinâmicos, fornecendo em tempo real informações relevantes ou promovendo alterações como a mudança temporária da velocidade máxima em um determinado trecho.
– Melhorar o socorro aos acidentes de trânsito, especialmente no que se refere as estradas e rodovias. Hoje temos uma carência muito grande no resgate as vítimas de acidentes de trânsito nas rodovias, principalmente onde o socorro não é feito pelo SAMU ou pelos Bombeiros, quando o socorro fica a cargo das Secretarias de Saúde dos Municípios. Nestes casos, onde as prefeituras operam o socorro aos acidentes de trânsito, principalmente nas regiões mais distante das capitais, o veículo que faz o socorro não é adequado e a equipe que presta o socorro na local e no transporte também não é a adequada. Muitas vezes é somente o motorista de uma ambulância com um técnico de enfermagem que fazem o socorro.
Em regiões onde opera o SAMU e os Bombeiros, temos sim uma melhora significativa quanto ao veículo que faz o transporte do acidentado, assim também como da equipe que integra o socorro. É claro que ainda não temos o ideal para salvar uma vida mas evolui bastante se compararmos aos pequenos municípios.
Mas em ambos os casos, seja nas regiões mais distante das capitais, onde atuam somente as Secretarias de Saúde no socorro aos acidentes, assim como nas regiões mais populosas e próxima das capitais onde atuam SAMU e Bombeiros, temos um outro problema grave no socorro ao acidente de trânsito, que são os hospitais despreparados para a gravidade do trauma, sem condições de dar o atendimento adequado a quem sofre o acidente.
Muitos destes hospitais que socorrem o acidente de trânsito das rodovias não tem a estrutura para dar um atendimento definitivo, não tem equipamentos, não tem cirurgião de trauma ou equipe para o tipo da emergência que chega. Em muitos casos a pessoa acidentada fica sendo transferida de um hospital para o outro por falta de condições do hospital dar o atendimento, perdendo um tempo precioso para que aquela vida seja salva ou até mesmo o trauma posterior não seja tão grave.
– Uma ampla revisão de todos os manuais e diretrizes de construção de rodovias do país, acrescentando novas normas, tecnologias, novos desenhos e os polos geradores de tráfegos;
– Nas concessões de rodovias exigir parte dos recursos arrecadados sendo investidos em educação para o trânsito e ações de redução de acidentes e mortes no trânsito;
O VEÍCULO DO FUTURO
Na nossa opinião o veículo do futuro não é aquele que tem um design melhor, a maior potência ou tem um preço mais alto. Muito menos é aquele que voa ou que anda na água, no ar e terra. Para nós o veículo do futuro é aquele que tenha o maior número de itens de segurança e que resulte em acidente zero. O veículo do futuro é aquele que não mata seu dono, seu motorista e nem oferece risco as pessoas que dividem com ele o espaço do trânsito. Na nossa opinião, os fabricantes de veículos são tão responsáveis pelos acidentes, assim como as falhas humanas, a infraestrutura e sinalização inadequada. Divida as responsabilidades, precisamos então apresentar sugestões do que seria o nosso veículo do futuro, conforme segue:
– Sistema de alerta de cansaço: Usa um alerta para o motorista caso sejam verificados sinais de fadiga que podem interferir na condução segura do veículo. Muitos caminhões já utilizam este sistema, que na nossa opinião deve ser obrigatório em todos os veículos.
– Adaptação inteligente de velocidade: É um sistema que utiliza uma base de dados de velocidades limites das pistas, contida no veículo ou obtida através de conexão wireless. Através da localização via GPS e dessa base de dados, o sistema pode intervir ativamente na direção do veículo, para que a velocidade seja respeitada.
– Sinalização de velocidade limite variável: Esta aplicação sinaliza ao motorista a variação na velocidade limite da via, de acordo com 2 fatores principais: as condições de tráfego da via e as condições meteorológicas. O sistema pode ter uma velocidade variável dependendo do horário e dia da semana, prevendo horários de pico, regiões com escola e outros, ou até intervir diretamente, conforme as informações das condições de tráfego em tempo real. Nesse caso, um sistema de medidas de fluxo através de sensores ópticos ou instalados na pista permite a maximização do fluxo, através da imposição de uma nova velocidade limite. Em relação às condições meteorológicas, o objetivo da variação na velocidade limite é o respeito às adversidades e a garantia da segurança.
– Visão noturna melhorada: Objetiva a utilização de sensores infravermelhos para criar uma imagem reproduzida em um painel central que auxilia o motorista durante a noite, em condições de baixa visibilidade. Além da identificação de obstáculos comuns, esse tipo de captação por infravermelho pode ser de grande auxílio na detecção de pedestres ou animais, devido ao calor que seus corpos liberam.
– Proteção para pedestres e ciclistas em cruzamentos: Essa tecnologia também usa sensores infravermelhos para detectar a presença de pedestres em cruzamentos, podendo tanto eliminar a fase do farol destinada à travessia de pedestres caso não seja detectada a presença dos mesmos, quanto ampliar ou reduzir essa fase caso os pedestres em questão demorem mais ou menos para cruzar a via. Dessa forma, pode-se otimizar o fluxo de veículos no cruzamento, ao mesmo tempo que fica garantida a segurança dos pedestres.
– Sistema de aviso de colisão: Através da utilização de radares, sensores a laser ou câmeras o sistema do veículo identifica a aproximação de um obstáculo e pode agir de duas formas, passivamente ou ativamente. No modo passivo, o sistema avisa o motorista e ajusta os sistemas de segurança do veículo para a colisão (ajusta a posição do encosto de cabeça e do assento, pré-tensiona o cinto de segurança, etc.), mas não intervém para tomar o controle do veículo. Já no modo ativo, o sistema aciona o sistema de frenagem do veículo, de modo a evitar o acidente ou diminuir o impacto.
– Aviso de desvio em relação à faixa ou à rodovia: Essa tecnologia tem por objetivo evitar que os veículos saiam da faixa em que trafegam e sofram acidentes por esse desvio. Através de sensores ou câmeras, o sistema identifica a posição da faixa em relação à direção que o veículo está se movimentando e, caso este esteja se locomovendo de forma a sair do traçado da rodovia, gera um aviso sonoro para alertar o motorista sobre a condição de perigo. Alguns sistemas utilizam avisos através de vibrações no volante e outros até intervém ativamente no controle lateral e direcionamento dos veículos.
– Sinais de velocidade aconselhável para caminhões: Um caminhão que se aproxima de uma curva em alta velocidade apresenta um risco mais elevado de tombamento, devido ao seu centro de gravidade estar mais distante do solo, se comparado a um carro comum. Visando reduzir esse risco o sistema em questão se utiliza de tecnologias para pesagem em movimento, identificação do tipo de veículo e medida de altura, de forma a calcular qual a velocidade limite para o veículo não tombar. Utilizando essa velocidade limite calculada e a velocidade em que o veículo se encontra pode-se gerar avisos ao motorista, seja para informar que ele está acima da velocidade aconselhada ou para avisá-lo o quão próximo ele se encontra dela.
– Alertas quanto às condições meteorológicas: Esse tipo de sistema se utiliza de diversos sensores para identificar e avaliar condições climáticas distintas como quantidade de vapor d’água, temperatura da pista, presença de gelo, névoa, chuva, entre outros. Através desses dados o sistema pode gerar alertas aos centros de gestão de tráfego quanto à necessidade de alguma intervenção, uma necessidade de degelo, por exemplo. O sistema ainda pode gerar alertas aos motoristas quanto à má condição do tempo, modificar as velocidades limites da pista para garantir a segurança em condições adversas ou até mesmo reduzir diretamente as velocidades dos veículos.
– Controle adaptativo da velocidade de cruzeiro: Do inglês adaptive cruise control (ACC), esta tecnologia embarcada nos veículos se baseia na manutenção de uma distância segura em relação ao veículo da frente enquanto o sistema tenta manter uma velocidade de cruzeiro pré-estabelecida pelo motorista. O funcionamento envolve um radar ou um laser que mede a distância entre os veículos e interfere caso essa distância atinja valores muito baixos relativos à velocidade em que o veículo se encontra. O sistema é capaz de reconhecer diferenças de declividade, alterando a aceleração para manter a velocidade, e aconselhar a mudança de faixa para uma menos congestionada. O sistema pode interferir tanto no motor quanto nos freios.
– Sistema de assistência em caso de acidente: O sistema funciona através de um sensor de colisão, GPS e celular. Caso seja verificado um grande impacto pelo sensor de colisão, a emergência é automaticamente acionada através de uma mensagem contendo a localização do acidente via GPS do veículo. O centro de emergência faz contato via celular e identifica a real necessidade da emergência, que tipo de socorro deve ser solicitado e a gravidade do acidente. Caso não se verifique resposta dos passageiros o socorro é imediatamente encaminhado ao local indicado.
– Avisos sobre eventos na pista: São avisos sobre eventos como acidentes, condições climáticas adversas ou obras na pista, a partir de 1.000 metros de distância. Independem do sistema do veículo, ou seja, são mensagens produzidas e disponibilizadas pela central da infraestrutura. A forma do aviso pode variar, ele pode ser transmitido por paíneis de mensagens variáveis, trailers estrategicamente posicionados, ou até em forma de mensagens da infraestrutura diretamente para o painel do veículo, por meio de comunicação I2V com DSRC.
– In-Vehicle Information: A tecnologia permite uma apresentação contínua das informações de tráfego no painel do veículo, ao invés de apenas nos breves momentos em que o motorista passa por sinais de trânsito tradicionais e por eles obtém informações. Consiste na apresentação direta de informações como: velocidade limite da pista, direções de cidades, indicações de entradas e de saídas nas rodovias, entre outros. As informações são transmitidas no formato IVI, correspondente à tecnologia In-Vehicle Information. Um diferencial dessa tecnologia é a especificação de caso a caso. Os dados que serão transmitidos para um veículo serão compatíveis com suas necessidades, de forma que informações sobre a pesagem de caminhões não devem aparecer para os automóveis comuns, por exemplo. Ou então, um alerta sobre obras em uma determinada rodovia não deve ser transmitido para veículos que não incluem esta rodovia como parte de sua rota. Assim, é possível se refinar a informação fornecida e aumentar a eficiência do sistema.
– Segurança em intersecções: Nesta aplicação, o sistema identifica veículos que estão se aproximando de um semáforo com a intenção de se realizar uma manobra permitida (virar à direita, virar à esquerda ou mesmo seguir reto) e, após o processamento dos dados por parte da infraestrutura, fornece ao veículo informações de assistência para a manobra, como por exemplo, o tempo restante para realizar a passagem pelo semáforo verde com sucesso. Essa aplicação é focada na comunicação do tipo V2X, baseada na transmissão de mensagens contendo informações sobre semáforos controlados em cruzamentos e o mapa de topologia da infraestrutura. O formato da mensagem para o veículo é Signal Phase and Timing (SPAT) e Crossing Topology (MAPdata). O primeiro relaciona-se à temporização dos semáforos e o segundo relaciona-se à topografia da rodovia. Ou seja, o sistema da infraestrutura recebe informações de localização e velocidade dos veículos e, integrando as informações de temporização de semáforos e da topografia da via, é possível fornecer um resultado ao veículo para que o sistema reaja ou para que o usuário possa agir.
– Mensagens Cooperativas: Através de mensagens do tipo Probe Vehicle Data, é possível reunir informações sobre as velocidades dos veículos, suas localizações, suas direções, suas utilizações (capacidades dos veículos), condições do clima, condições da rodovia (buracos, pista escorregadia) e informações sobre veículos vizinhos (mensagem específica do tipo DENM). A aplicação recebe esse nome em razão das mensagens serem de teor cooperativo, ou seja, são trocadas periodicamente entre os agentes envolvidos.
– Electronic Toll Collection (ETC) – É um sistema eletrônico e automático de coleta de algumas taxas, como pedágios, de forma que o veículo não precise parar em uma cabine para efetuar um pagamento, apenas passar pelo sensor fixo com uma velocidade reduzida. Dessa maneira, o número de paradas e gargalos é minimizado.
– Rota dinâmica: O conceito da tecnologia se baseia no processamento, por parte da infraestrutura, das informações recebidas sobre as condições de tráfego (Probe Vehicle Data) e a seleção da melhor rota, seja ela a mais rápida ou mais curta, diminuindo o tempo gasto em congestionamentos e, consequentemente, a emissão de CO2.
DIRIGIR COM CHUVA
Como dirigir com chuva é uma das causas de bastante acidentes de trânsito, resolvemos elencar algumas dicas para dirigir nestas condições. Todos os motoristas sabem que sob chuva ou com água na pista, a atenção deve ser redobrada, com concentração atenção total no trânsito, durante todo o percurso com chuva ou pista molhada. Em caso de chuvas torrenciais ou tempestades, comuns durante o verão o cuidado deve ser ainda maior, especialmente com a velocidade e a visibilidade. Evite usar o celular, comer ou qualquer atividade que possa tirar a atenção completa do trânsito. Mantenha as duas mãos no volante o tempo todo e evite fazer ultrapassagens, uma vez que a pista molhada pode torná-las arriscadas.
Visibilidade
A visibilidade fica prejudicada durante chuvas fortes. Atente-se ao uso dos limpadores de para-brisa e desembaçadores. Além disso, mantenha o farol baixo nas rodovias, segundo lei do Código Brasileiro de Trânsito, uma vez que o farol alto pode prejudicar a visão dos demais motoristas da via.
Desacelere
A pressa pode ser inimiga de um trânsito seguro, por isso, respeite o limite de velocidade indicado nas placas, ou siga a recomendação de dirigir a 60km/h para evitar acidentes. Mantenha-se alerta ao trânsito e evite frear bruscamente, especialmente com a via molhada.
Distância segura
Um ponto muito importante para garantir a segurança na estrada durante chuvas fortes ou tempestades é manter uma distância segura entre um veículo e outro. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, para calcular a distância de segurança é preciso levar em conta o tempo médio de reação do condutor até o momento de pisar no freio, que é cerca de 1 segundo. Para carros a 60km/h, isso equivale a 18 metros antes de conseguir frear de fato. Além disso, é preciso calcular a distância de frenagem: a 60km/h, são 20 metros, em média. Ou seja, para essa velocidade, você deve manter uma distância de 38 metros do carro da frente para frear de forma segura, em caso de emergências.
Cuidado com a aquaplanagem
Ao sentir o carro deslizando sobre a água, o primeiro impulso é pisar o pé no freio. No entanto, muitas vezes isso pode fazer as rodas do carro travarem e ele patinar ainda mais. O mais indicado é tirar o pé do acelerador e mover levemente a direção, para que os pneus recuperem o contato com o asfalto.
Durante tempestades, espere
Por último, o mais seguro a se fazer durante uma forte tempestade é procurar um local seguro para parar o carro e aguardar. Sobretudo, evite ficar no acostamento, já que isso pode confundir outros carros e causar acidentes.
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
A educação para um trânsito seguro e sem mortes é simples e não exige grandes esforços ou teorias rebuscadas. Ela tem que ser priorizada pelos governantes e aplicada em todas as instancias onde ela estiver sendo indicada. Não podemos crer que estamos tendo êxito em educar as pessoas para um trânsito seguro com esta epidemia de acidentes e mortes que vivemos nos dias de hoje no trânsito. Reconhecer que precisamos avançar nesta área é o primeiro passo. O segundo passo é reconhecer sim que já avançamos e avançamos muito, e usar os bons exemplos e o conjunto de legislação e conteúdos produzidos, como base para os novos avanços.
Temos claro que a escola é a base para se falar em educação de trânsito. Lá no ambiente escolar é que podemos formar a cultura de uma sociedade, somados a família e o conjunto da sociedade. Então, incluirmos no currículo de todas as etapas de ensino, a educação para o trânsito é urgente. E depende das autoridades da área de educação. Sabemos que diante de tanto conteúdo e mudanças no mundo, a grade curricular está sobrecarregada, os professores já têm tanto conteúdo a ensinar que incluir como obrigação a educação para o trânsito, ou até mesmo como disciplina pode soar meio exagerado. Mas tenham certeza, não é exagerado se queremos reduzir e eliminar as mortes no trânsito. Precisamos definir se vida realmente tem importância.
Outra questão que sugerimos aos governantes é que a articulação em rede junto a sociedade civil organizada seja fortalecida e ampliada. Mas não apenas com entidades especializadas em educação para o trânsito ou que atuem diretamente no meio. É preciso que está articulação realmente chegue na base da sociedade brasileira e envolver as entidades de bairro, entidades empresariais, entidades sociais, movimentos e lideranças sociais que possam ser propagadores da construção de um trânsito seguro e sem mortes. Se levarmos os conceitos e a prática de um trânsito seguro para dentro de todas as portas da sociedade brasileira, certamente estaremos dando o primeiro passo para que menos vidas sejam perdidas no trânsito.
OS DESAFIOS DA ABUR NO COMBATE AS MORTES NO TRÂNSITO
A Associação Brasileira dos Usuários de Ruas, Estradas e Rodovias – ABUR Brasil, acredita que a mudança de comportamento que faça com que tenhamos um trânsito mais seguro e com isso se reduza os acidentes e mortes, só acontecerá a partir de uma mudança de consciência e paradigmas. Sabemos da importância de todos aqueles que se envolvem nesta causa e queremos reconhecer com imensa gratidão os muitos brasileiros, entidades e órgãos que se envolvem na busca por um trânsito mais seguro. Nós acreditamos que precisamos fazer a nossa parte com aquilo que está ao nosso alcance e que podemos atuar no momento. Por isso, além de produzirmos conteúdos educativos de maneira online, ainda realizamos cobrança dos governos e iniciativa privada de investimentos em obras de infraestrutura que possam resultar em rodovias mais seguras, com menos pontos de acidentes e mortes. Entre nossas principais pautas estão o seguinte:
– Duplicação de rodovias que tenham índices significativos de acidentes e mortes;
– Alteração de rótulas, pontes ou viadutos que provoquem acidentes;
– Obras de adequação em pontos de rodovias que estejam provocando acidentes;
– Recuperação de rodovias, acostamentos e sinalização;
– Regularização dos acessos rodoviários das empresas instaladas nas margens das rodovias;
– Construção de faixas adicionais ou laterais em trecho urbanos ou de com trânsito local acentuado; e
– Fiscalização das responsabilidades do poder público em exigir a implementação de ações, obras e legislação que venham a proteger os usuários das ruas, estradas e rodovias.
SOBRE ESTE PROGRAMA
O conteúdo deste programa como já mencionamos vem de estudos construídos pelos nossos voluntários e colaboradores, entre eles diversos técnicos, mas também vem de estudos e da legislação vigente no Brasil e no Mundo, que buscam a redução dos acidentes e mortes no trânsito. Nosso objetivo é dar ainda mais ênfase ao que existe de bom e se executado pelos órgãos competentes, certamente teremos uma forte redução das mortes no trânsito. Este conteúdo será disponibilizado de maneira pública no site da ABUR e nos demais instrumentos de divulgação da entidade, para que fique para ser usado a quem possa interessar.
A ABUR Brasil a partir de seus associados, representantes, coordenadores, diretores e sua direção, tem a missão de buscar a implementação ou cobrar dos responsáveis o uso destas sugestões para que implementadas, possamos salvar vidas e também reduzir o número de sequelas em pessoas que ano a ano, viram estatísticas neste imenso Brasil rodoviário. Estas pessoas que perdem suas vidas, ou ficam com sequelas dos acidentes de trânsito são seres humanos, que são vitimados pelo trânsito, mas não apenas eles, sofrem as consequências destes acidentes, seus familiares e amigos. O Estado por sua vez gasta milhões em atendimento e socorro no sistema único de saúde, outros tantos milhões são gastos em indenizações pela previdência social, para as pessoas que ficam com sequelas, também tem indenizações e custos com honorários advocatícios em função de ações judiciais que são geradas para corrigir diferenças. Além destes gastos para o Estado, ainda temos a iniciativa privada que tem altos custos, e as segurados são um exemplo. O cidadão de um modo geral também paga esta conta, o seguro também é um exemplo, pois tem seu preço avaliado em cima dos riscos de acidentes e como temos muitos acidentes, este preço fica mais alto. Ninguém ganha com acidentes de trânsito, por isso é preciso avançarmos em reduzir os grandes prejuízos econômicos que tem o Estado Brasileiro, a iniciativa privada, as famílias dos acidentados que tem recuperar veículos ou indenizar outras vítimas, além é claro da maior perda de todas, uma pessoa que fica tetraplégica em função de uma sequela do acidente, ou vidas que se perdem.
Nossa luta segue, sabemos que estamos mexendo com interesses poderosos e que com isso teremos sempre uma oposição forte. E o apoio da sociedade ainda é pequeno para a nossa causa, pois a maioria dos cidadãos acha que nunca vai sofrer um acidente de trânsito, e assim não se envolve. E que o que fazemos não tem tanta importância assim diante do universo de coisas importantes que ele tem. Mas, os integrantes de nossa entidade quando se somam a nossa causa sabem que precisam ter coragem para trabalhar por algo tão importante como é a vida humana. Muitos deles já perderam famílias em acidentes ou eles mesmos já sofreram acidentes. Estão aqui por uma causa, e quem tem causa dificilmente desiste de trabalhar por ela.
Mesmo em tempos de COVID, a ABUR segue seu trabalho, nos adaptando aos protocolos de segurança e respeitando as questões econômicas e sociais que nos são impostas neste momento, mas seguimos atuando com nossa equipe de voluntários e apoiadores, para que as coisas aconteçam em defesa da vida. Acreditamos no conceito do Visão Zero: “Nenhuma vida perdida no trânsito é aceitável”.